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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Da Série Contradições do Novo Testamento

- As profecias a respeito do messias judeu dizem que o mesmo reinaria em Israel (Miq.5:2) mas, Jesus disse que seu reino não era deste mundo (João 18:36).

- O famoso sermão da montanha proferido por Jesus não receberia esse nome para o autor do evangelho de Lucas pois teria ocorrido em um lugar plano (Lucas 6:17).

- A quem as mulheres viram no sepulcro?

Um anjo (Mateus 28:2-5)
Um jovem (Marcos 16:5)
Dois homens (Lucas 24:4)
Dois anjos (João 20:12)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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"As Mentiras do Novo Testamento":


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Série Contradições do Novo Testamento

Como toda estória mal contada encontramos várias contradições nos textos dos evangelhos. Vejamos algumas dessas contradições:

- Em Lucas (8:41-42) Jairo pede a Jesus para ajudar sua filha que estava morrendo mas para Mateus a filha de Jairo já estava morta (9:18).

- Saindo Jesus da cidade de Jericó curou dois cegos, isso para o autor de Mateus (20:29-30) pois para Marcos ele curou apenas um cego (10:46-47)

- Jesus afirmou que a Lei judaica (Torá) e os Profetas vigoraram apenas até João Batista mas, depois, o  mesmo Jesus mudou de opinião e afirmou que não cairá uma letra da Lei (Lucas 16:16-17). Segundo ele a Lei não seria revogada, nem sequer um de seus menores mandamentos cairia (Mateus 5:17-19).

- Jesus disse que João Batista era o prometido Profeta Elias que viria antes do Dia do Senhor (Mateus 11:12-14/17:10-13). João Batista, porém, desmente Jesus dizendo: "Eu não sou Elias" (João 1:19-21).

Continua...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Filho de Deus

        O termo é muito recorrente no Tanach (Bíblia Hebraica) e foi usado no Novo Testamento específicamente para Jesus (o Filho de Deus). Jesus é o único filho de Deus como nos apresenta os evangelhos, o que exclui qualquer um que por não acreditar ser filho de um macaco queira ter sua origem ligada ao Criador. Dessa forma também fica de fora a quem o próprio Deus chamou de filho: Israel (Oséias 11:1). Assim somos apenas criaturas e a única chance de nos tornarmos filhos é aceitando a Jesus como único filho de Deus, paradoxal não acha?


 


Adão não era filho de Deus? Abraão, Moisés, Ana, Davi, Salomão, e tantos outros?


O que então qualificaria alguém como filho de Deus, não seria o fato de termos nossas origens no criador? (para aqueles que acreditam no criacionismo).

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma imagem diz mais que mil palavras.

“Jesus Filho de Davi”

      Apresento agora outro fato curioso a respeito do assunto: Os evangelhos não apresentam Maria mãe de Jesus como descendente do Rei Davi. Ser descendente da casa real de Davi por Salomão é pré requisito básico para o pretenso messias. Maria é aparentada com Isabel que era da linhagem levítica (Lucas 1:5,36) “das filhas de Aarão”, assim Jesus seria no máximo sacerdote se considerarmos sua linhagem materna, sua paternidade é atribuída ao Espírito Santo como sabido, o que não lhe confere nenhum direito ou dever tribal.


A opinião cristã sobre o fato de Jesus não ser descendente legítimo do rei Davi é que isso não é importante, pois afinal de contas ele, Jesus, é o próprio Deus e Deus pode tudo. O problema é que se assim considerarmos anulamos os escritos a respeito do verdadeiro messias que viria da casa real, da tribo de Judá e tomamos Deus e a bíblia por mentirosos, pois Deus em diálogo com Davi lhe prometeu que nunca lhe faltaria sucessor no trono de Israel. Não obstante a isso ainda nos deparamos com o fato do pai adotivo (José), o único descendente de Davi na família, não poder legar sua semente genética ao messias pois entre seus ancestrais encontram-se nomes sobre os quais a bíblia registra que jamais, eu disse jamais,teriam descendentes que ascenderiam ao trono, que dirá ser de fato o messias.


Aceitando tal opinião de que a genealogia do messias não é importante anulamos o valor dado a humanidade dos personagens bíblicos e criamos seres míticos tal como encontramos em mitologias como a Indu, grega, romana, celta, etc. Qual a diferença em termos mitológicos entre Hércules e Jesus? Os dois nasceram do relacionamento de uma mulher com um Deus; Os dois eram semideuses; os dois tiveram doze trabalhos (Jesus com os discípulos); os dois eram cabeludos e de olhos azuis.


O fato é complexo, pois a narrativa sobre o nascimento de Jesus, como descrevo em outro artigo, dá ênfase a um evento metafísico e transcendente o que foge ao padrão bíblico-judaico anterior. O nascimento virginal, ou pelo menos a tentativa de assim caracterizá-lo, tenta suplantar as discussões a respeito da linhagem davídica do messias, pois afinal de contas foi o Espírito Santo quem gerou em Maria, uma virgem, o menino (embora já discutido a veracidade de tal fato). De outra forma se considerarmos José como pai legítimo de Jesus, o que lhe daria o status de “Filho de Davi”, além de impossibilitar sua ascensão ao trono de Israel também colocaria na berlinda os autores dos evangelhos que disseram que o mesmo nascera da virgem Maria. O que dizer de Paulo (o apóstolo) que afirma que Jesus é filho de Davi na carne (Romanos 1:3)? Quem é o esquizofrênico do Novo Testamento, Paulo que afirma ser Jesus filho de Davi na carne ou Mateus e Lucas que dizem ser do Espírito Santo?


Afinal de contas, Jesus é filho de José ou do Espírito Santo? E como a semente de Davi foi para em Jesus? E se ele não é descendente de Davi pela carne como pode ser o messias? E se não é o messias quem ele é? Qual será o mistééééééééério de Jesus?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Seria Jesus o Messias esperado?


O cumprimento de profecias bíblicas é um dos pilares principais da argumentação apologética que pretende provar o caráter messiânico da vida de Jesus/Yeshua e suas implicações no que tange a relevância desse fato para o contexto religioso cristão. As especificidades de tais profecias e suas aplicações frente à ótica judaica são questionáveis e merecem aqui considerações elucidativas e técnicas que visam o real entendimento do tema. A Torah (leia-se bíblia) está repleta de tais textos que narram eventos futuros ― Os Sefrêi Neviim (Livros dos Profetas) contém muitas declarações proféticas e não proféticas, assim como todo o Tanach (Bíblia Hebraica) ― E muitos desses eventos perdem seu teor relevante quando são separados de seus contextos, servindo assim como subsídio para a construção imaginária das profecias relacionadas ao messias.

Gostaria de analisar, a priori, a questão do nascimento de Jesus/Yeshua e as supostas profecias relacionadas a esse evento singular. Tomo como ponto de partida o livro do profeta Isaias¹ capítulo 7, verso 14, que diz: “Eis pois que o Eterno, Ele mesmo, vos dará um sinal: eis que a moça grávida dará à luz um filho e o chamará Imanuel (‘D-us conosco’). O leitor mais atendo e familiarizado com esse verso dos profetas perceberá que sob essa tradução não podemos dar suporte para doutrinas que pretendem enfatizar o caráter divino do evento e ainda da natureza do menino supracitado pois, o teor metafísico dele está ausente. Não restam dúvidas de que o texto não se encaixa no evento transcendente do nascimento do messias do novo testamento, não se a tradução for essa. Mas se aplicarmos a tradução usual do texto, como por exemplo a de João Ferreira de Almeida², perceberemos a mudança de um plano natural, físico e objetivo para um transcendente, metafísico, subjetivo: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”. A diferença se dá por conta da tradução da palavra Almah que na versão de Almeida é traduzida como virgem ou seja, uma mulher que não teve relacionamento sexual com um homem sugerindo então que o fato dela dar à luz seria algo miraculoso. A palavra Almah em hebraico significa jovem, moça, donzela ou ainda uma mulher recém casada e não necessariamente uma virgem. Como o texto informa que a mesma estava grávida (Harah) não reside aqui qualquer possibilidade dela ainda ser virgem. A palavra hebraica para virgem é Betulah, essa sim ligada especificamente a questão da virgindade tendo sua raiz na palavra ímem. A palavra Betulah era conhecida do autor já que a mesma aparece em diversos³ versos do livro como virgem, não havendo a possibilidade de engano por parte do mesmo.

1 Bíblia Hebraica, Editora Sêfer - 2006.
2 A Bíblia Sagrada, tradução de João ferreira de Almeida. Sociedade Bíblica do Brasil – 1996.
3 Veja Isaias 23:12; 37:22; 47:1 e 62:5.

A suposta profecia que alude ao nascimento virginal do messias salvador perde sua validade se levarmos em consideração o fato já mostrado acima e ainda o cumprimento das palavras a ela relacionadas que se encontra no capítulo 8 do mesmo livro. Antes de irmos ao texto vale observar que o capítulo 7 de Isaías narra o temor do rei de Judah, Ahaz (Acaz no português) frente ao iminente ataque a Jerusalém por parte dos reis da Assíria e de Israel (Reino do Norte), a saber, Retsin e Pêcah. Nesse contexto D-us intervém prometendo que isso não ocorreria e que Ele daria um sinal, o nascimento do menino. Assim, no capítulo 8, o fato se cumpre levando em consideração os termos narrados no capítulo anterior que obviamente não se referem ao Mashiach (messias). Veja: “Vim à profetiza e ela concebeu e deu à luz um filho...” Diante do fato não existe a possibilidade desse texto possuir status de profecia messiânica nem mesmo de ser atribuído a Jesus/Yeshua.

Uma outra argumentação recorrente nesses versos é a de que a palavra hebraica Oth, que significa sinal, se refere a um evento miraculoso, transcendente, com seu paralelo no novo testamento. Vale aqui colocar que a palavra é genérica e não se refere necessariamente a um evento dessa natureza, o que o texto vai confirmar. O que existe de anormal em uma mulher, que estava grávida, dar à luz? O fato ganha repercussão sobrenatural por conta da narrativa do novo testamento ― alusiva ao encontro de um “anjo do Senhor” com e José ― no qual a gravidez de Maria é atribuída ao Espírito Santo e não a um pai biológico, nesse caso o próprio José (Mat.1:18-25). O texto de Mateus faz questão de ligar o evento à suposta profecia de Isaías para lhe conferir caráter bíblico-profético e transcendente: “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta (?): Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel”. Outro problema referente a essa suposta profecia do messias é o fato de Jesus/Yeshua nunca ter sido chamado de Emanuel como supõe a profecia de Isaías.

Ainda em relação ao nascimento de Jesus/Yeshua outro texto é usado como argumentação profética referente ao seu caráter messiânico. O texto está no profeta Mihal (Miquéias em português) 5:2 e faz alusão ao messias nascer em Belém: “E tu, Belém Efrata, pequena demais para chegar a estar entre os milhares de Judá, de ti me sairá àquele que há de tornar-se governador de Israel, cuja origem é desde tempos primitivos, desde os dias do tempo indefinido”. No texto o messias irá governar em Israel o que não se aplica a Jesus/Yeshua, pois o mesmo nunca reinou em Israel e ainda chegou a dizer que seu reino não era deste mundo. Um dos atributos do messias judeu será reinar em Israel sendo o mesmo descendente de David HaMelekh (Rei David) o que não chega a ser o caso de Jesus/Yeshua.

Continua ...